Dados do site FlightRadar24, que monitora a atividade de voos globalmente, indicam que às 14h20 (horário local), a aeronave estava voando a uma altitude de 8,8 mil metros. Em apenas dois minutos e 15 segundos, ela rapidamente reduziu para 2.700 metros de altitude, chegando a 900 metros em apenas 20 segundos.

O avião estava realizando a rota entre Kunming e Guangzhou, e de acordo com a Administração de Aviação Chinesa, o contato foi perdido durante o sobrevoo da cidade de Wuzhou. Um vídeo capturado por uma câmera de segurança, divulgado pelo canal de notícias indiano NDTV, mostra a aeronave caindo de bico diretamente no solo, em uma região montanhosa.

O acidente tem chamado a atenção e intrigado especialistas em aviação, pois incidentes envolvendo esse modelo de aeronave são raros, especialmente durante a fase de cruzeiro, que compreende o período entre o final da subida e o início da descida para o aeroporto.

Entre 2011 e 2020, apenas 13% dos acidentes comerciais fatais em todo o mundo ocorreram durante a fase de cruzeiro, conforme relatório divulgado pela Boeing no ano passado. O documento revela que 28% dos acidentes fatais ocorreram na aproximação final e 26% durante o pouso.

O especialista em aviação Li Xiaojin afirmou à agência Reuters: “Normalmente, o avião está no piloto automático durante a fase de cruzeiro. Portanto, é muito difícil entender o que aconteceu. Do ponto de vista técnico, algo assim não deveria ter acontecido.”

Embora o modelo 737-800 da Boeing tenha um histórico de segurança respeitável e seja o precursor do 737 MAX, a China Eastern Airlines optou por suspender o uso de todos os Boeing 737-800. A empresa acionou um mecanismo de resposta para emergências e enviou uma equipe de trabalho para investigar o acidente.

A emissora estatal CCTVO informou que o presidente chinês Xi Jinping instou os investigadores a determinarem a causa do acidente o mais rápido possível, garantindo a “absoluta” segurança da aviação.